sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Nós somos os nossos arrependimentos.

Ultimamente tenho pensado muito sobre quem eu sou, para que estou aqui, minhas atitudes etc.  Conseqüentemente, também penso sobre o comportamento alheio. Hoje ao final de uma aula pela manhã, saí um pouco do meu corpo, e me vi filosofando com um colega (eu falava muito mais que ele – não sei se isso indica desinteresse, discordância ou simples atenção) sobre o comportamento da minha geração, das anteriores, e das futuras.  Não é sobre as diferenças entre as gerações que quero falar (isso fica para um próximo post), mas a conversa embasou ainda mais algo que pensei um dia desses. Nós somos o nosso arrependimento.
Deixamos de fazer aquilo que nos arrependemos. E este arrependimento (que pode ser interpretado como erros que nos ensinam) vai moldando a nossa personalidade. O único problema é quando este sentimento vem à tona quando não há mais tempo de voltar atrás. Agradeço todos os dias, por ter descoberto que, tratar bem os nossos pais, é simples obrigação, mas que nos traz um conforto imensurável. A paz familiar é uma das coisas que dinheiro nenhum no mundo pode comprar, e está intimamente ligado à felicidade de cada um.
Fiz algumas coisas nos últimos dias, que (parcialmente) desagradaram aos meus pais. Coisas estas, que há cerca de 5 anos atrás, foram motivo de conflitos intensos, fazendo inclusive com que eu e minha mãe passássemos o nosso aniversário separado (nosso porque “completamos primaveras” no mesmo dia). Hoje, me arrependo amargamente disso. E tenho certeza que ela também tem a consciência de que aquela “guerra” travada durante um tempo, não levou a nada.  Sendo assim, cada um tolera um pouco o que aconteceu, e por ter se arrependido de atitudes anteriores, não repete o erro.
Percebe onde se cruzam e se diferenciam  o “arrependimento” e o “aprender errando”? Tu pode errar, mas se não te arrepender, vai errar novamente. Só o arrependimento faz com que percebas o erro, e então molde uma nova atitude diante de certos acontecimentos.
Ou seja, nós somos moldados pelos nossos arrependimentos.

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