Ultimamente tenho pensado muito sobre quem eu sou, para que
estou aqui, minhas atitudes etc. Conseqüentemente,
também penso sobre o comportamento alheio. Hoje ao final de uma aula pela
manhã, saí um pouco do meu corpo, e me vi filosofando com um colega (eu falava
muito mais que ele – não sei se isso indica desinteresse, discordância ou
simples atenção) sobre o comportamento da minha geração, das anteriores, e das
futuras. Não é sobre as diferenças entre
as gerações que quero falar (isso fica para um próximo post), mas a conversa
embasou ainda mais algo que pensei um dia desses. Nós somos o nosso
arrependimento.
Deixamos de fazer aquilo que nos arrependemos. E este
arrependimento (que pode ser interpretado como erros que nos ensinam) vai
moldando a nossa personalidade. O único problema é quando este sentimento vem à
tona quando não há mais tempo de voltar atrás. Agradeço todos os dias, por ter
descoberto que, tratar bem os nossos pais, é simples obrigação, mas que nos
traz um conforto imensurável. A paz familiar é uma das coisas que dinheiro
nenhum no mundo pode comprar, e está intimamente ligado à felicidade de cada um.
Fiz algumas coisas nos últimos dias, que (parcialmente)
desagradaram aos meus pais. Coisas estas, que há cerca de 5 anos atrás, foram
motivo de conflitos intensos, fazendo inclusive com que eu e minha mãe
passássemos o nosso aniversário separado (nosso porque “completamos primaveras”
no mesmo dia). Hoje, me arrependo amargamente disso. E tenho certeza que ela
também tem a consciência de que aquela “guerra” travada durante um tempo, não
levou a nada. Sendo assim, cada um
tolera um pouco o que aconteceu, e por ter se arrependido de atitudes
anteriores, não repete o erro.
Percebe onde se cruzam e se diferenciam o “arrependimento” e o “aprender errando”? Tu
pode errar, mas se não te arrepender, vai errar novamente. Só o arrependimento
faz com que percebas o erro, e então molde uma nova atitude diante de certos
acontecimentos.
Ou seja, nós somos moldados pelos nossos arrependimentos.
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