sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Nós somos os nossos arrependimentos.

Ultimamente tenho pensado muito sobre quem eu sou, para que estou aqui, minhas atitudes etc.  Conseqüentemente, também penso sobre o comportamento alheio. Hoje ao final de uma aula pela manhã, saí um pouco do meu corpo, e me vi filosofando com um colega (eu falava muito mais que ele – não sei se isso indica desinteresse, discordância ou simples atenção) sobre o comportamento da minha geração, das anteriores, e das futuras.  Não é sobre as diferenças entre as gerações que quero falar (isso fica para um próximo post), mas a conversa embasou ainda mais algo que pensei um dia desses. Nós somos o nosso arrependimento.
Deixamos de fazer aquilo que nos arrependemos. E este arrependimento (que pode ser interpretado como erros que nos ensinam) vai moldando a nossa personalidade. O único problema é quando este sentimento vem à tona quando não há mais tempo de voltar atrás. Agradeço todos os dias, por ter descoberto que, tratar bem os nossos pais, é simples obrigação, mas que nos traz um conforto imensurável. A paz familiar é uma das coisas que dinheiro nenhum no mundo pode comprar, e está intimamente ligado à felicidade de cada um.
Fiz algumas coisas nos últimos dias, que (parcialmente) desagradaram aos meus pais. Coisas estas, que há cerca de 5 anos atrás, foram motivo de conflitos intensos, fazendo inclusive com que eu e minha mãe passássemos o nosso aniversário separado (nosso porque “completamos primaveras” no mesmo dia). Hoje, me arrependo amargamente disso. E tenho certeza que ela também tem a consciência de que aquela “guerra” travada durante um tempo, não levou a nada.  Sendo assim, cada um tolera um pouco o que aconteceu, e por ter se arrependido de atitudes anteriores, não repete o erro.
Percebe onde se cruzam e se diferenciam  o “arrependimento” e o “aprender errando”? Tu pode errar, mas se não te arrepender, vai errar novamente. Só o arrependimento faz com que percebas o erro, e então molde uma nova atitude diante de certos acontecimentos.
Ou seja, nós somos moldados pelos nossos arrependimentos.

domingo, 15 de agosto de 2010

A adoração da arte

Esses dias, em uma conversa com uma psicóloga, ela me disse que a adoração da arte vem da identificação do espectador com a mensagem que o artista quis transmitir. Bom, deve ser por isso que não consigo admirar artes muito abstratas. Não sei interpretá-las, sou muito literal. Foi aí que me ocorreu a lembrança do quanto admiro Los Hermanos [aliás, lembrei agora que sonhei que alguém que eu gostava bastante (não lembro quem - sonhos são assim) tinha me dito que odiava Los Hermanos, e aquilo me decepcionou bastante], e percebi exatamente o porquê dessa adoração. Há muitos anos já me identificava com a música "De onde vem a calma" principalmente com o trecho a seguir:

De onde vem a calma daquele cara?
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente?
Ele não saber ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil

O mundo todo é hostil

De onde vem o jeito tão sem defeito?
Que esse rapaz consegue fingir
Olha esse sorriso tão indeciso
Tá se exibindo pra solidão
Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão


O Marcelo Camelo conseguiu expressar o que eu sentia. Conseguiu me definir (obviamente não foi feita para mim, mas eu me identifiquei), coisa que eu não tinha conseguido ainda. Creio que hoje já tenha encontrado a minha essência. E a terapia me ajudou com isso, e não só com isso, tive algumas atitudes nos últimos meses que finalmente posso chamar de atitude, até então eu era levado pela maré. Agora não, agora sei o que quero, sei o que sou, e então ouvi outra música deles que me chamou muita atenção "Primeiro andar":


Já vou, será
eu quero ver
o mundo eu sei
não é esse lá


por onde andar
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai


vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá


não faz disso esse drama essa dor
é que a sorte é preciso tirar pra ter
perigo é eu me esconder em você
e quando eu vou voltar, quem vai saber


se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar


eu preciso andar
um caminho só



Eu sou literal, preciso de explicações, preciso de sentido (posso notar isso em todos os projetos, conversas, atividades, etc que participo). A abstração não me diz muita coisa. E o que não me diz nada, não me interessa. Mesmo sendo falha de interpretação minha.

sábado, 14 de agosto de 2010

A idade e os sentimentos

Psicografia!


Sonhado em 12/08/2010

Idealizado em 13/08/2010

Feito em 14/08/2010

Doado em ?

Transtorno Déficit de Atenção

Postado originalmente em agosto/2010

Hoje não vi um filme. Vou ver ainda. Ainda Orangotangos o nome. Foi filmado em Porto Alegre, e o meu bairrismo aumenta a vontade de vê-lo. Ouvi falar há algum tempo dele e, confesso, havia esquecido completamente. Ao ‘zapear’ os canais, vi que vai passar no Canal Brasil. Assistirei. Se escreverei? Não sei.

Hoje me propus a escrever sobre um tema. E esqueci do tema. Esqueci, porque esqueço muitas coisas que penso durante o dia. Hoje pela manhã, fui para o trabalho, sabia que tinha umas três coisas essenciais para fazer antes que saísse para um compromisso em PoA às 11h30. Cheguei e logo fiz uma delas, no meio disso, lembrei de outra pendência a ser solucionada. Ao abrir a gaveta, pensei então que aquele papel que vi ali dentro, precisava também ser analisado. Coloquei-o em cima da mesa, o telefone tocou, atendi. Ao desligar, o papel já foi colocado embaixo do teclado, junto com outras coisas “esquecidas”. Abri o email, respondi um, em um segundo email me solicitaram o manual de uma máquina, fui procurar no site do fabricante. Então lembrei que tinha que imprimir um terceiro email para minha irmã. Ao tentar conectar meu computador ao servidor de impressão, me dei conta de que ele ainda estava desligado. Tive que levantar para ligá-lo. Quando voltava para minha mesa, lembrei que precisava emitir a NF de uma mercadoria que embarcaria hoje. Sentei na frente do computador, olhei os emails, reli o email pedindo o manual da máquina, lembrei que tinha uma aba do navegador que estava aberta pois eu já tinha começado essa procura. Recomecei, não achei e respondi o email informando isso. Lembrei de comentar alguma coisa com um amigo, abri a janela do msn e o chamei. Outro me chamou e pediu para que eu fizesse um favor, fiz. Quando o primeiro amigo respondeu, não lembrava mais o que queria, pois alguém no twitter tinha mandado um link interessante que acabei abrindo. Li, era uma crônica muito boa, então copiei e passei por email para algumas pessoas que poderiam se interessar por ela. Agora… o que eu tinha que fazer mesmo? Ah sim, imprimir o email para minha irmã, ok, imprimi. E agora? Dois segundos parado são suficientes para lembrar de qualquer besteira que na noite anterior pensei enquanto tentava dormir, e abri o Google para pesquisar. Não achei nada interessante, mas perdi preciosos 10 minutos. Lembrei o que queria falar para o amigo do msn, falei. Ok, e agora? Ah sim, a nota fiscal que precisava emitir, peguei o talão, emiti a nota, entreguei à vendedora e pedi que ela ligasse para a transportadora. Voltei para minha mesa e vi que era hora de sair para o compromisso. Saí correndo para casa pois minha irmã ia junto. Quando cheguei em casa lembrei que não tinha olhado o extrato do banco (uma das três coisas essenciais que eu tinha que fazer), tentei por uns minutos mas a internet tinha algum problema. Pensei: ligo do carro para o gerente. Fui para PoA, fiz o que tinha que fazer, voltei, almocei e… PUTAQUEOPARIU não liguei pro gerente do banco. Agora já passou a hora que podia.

Uma análise? Várias coisas começadas, muito poucas acabadas, milhares de pensamentos simultâneos, desordem, bagunça mental. Sempre pensei que eu era organizado. Hoje percebo que sou organizado com o que me concentro e faço direito. Só tenho dois problemas: Não consigo me concentrar, e se não for para fazer direito, não faço.

Para quem lê, uma crônica sobre déficit de atenção. Para mim, a rotina.

A tua vida é muito boa!

Postado originalmente em julho/2010

Até que ponto querer ajudar as pessoas é ser intrometido? Para ajudar, a pessoa tem que querer ser ajudada. Senão os “conselhos” [que se fossem bons, seriam vendidos e não dados - isso do ponto de vista ganancioso do mundo, coisa que eu não sou (by the way, é um dos motivos de eu ter fracassado - até o momento - como empresário, pois acho errado se aproveitar de qualquer fragilidade alheia. E a justiça e a retidão no mundo dos negócios não são bem sucedidas na maioria dos casos)] dados (sacou? conselhos escrito lá em cima, e depois dados: “senão os conselhos dados…”) podem parecer besteira para quem escuta. TODO MUNDO sabe a teoria de uma vida feliz e saudável, o difícil é seguí-la. Então, falar para alguém que sabe, mas não segue, torna-se um incômodo, pois é uma crítica velada. Se tu aí, que tá lendo esse texto, não curte muito uma auto-ajuda, sugiro que não avance muito, pois o que eu vou escrever é para quem tem interesse em ter uma vida melhor.

Acabei de ver um filme (jura Cássio? viu um filme e veio escrever? que original, tu nunca tinha feito isso né?) - psssshhhttt voz da consciência - como diria o Thiago Leifert (é assim? que escreve? não vou procurar) - porém, ele não é tão inspirador: Um olhar do paraíso. Eu achei ele em uma recente pesquisa sobre filmes com conteúdo espírita (a qual não teve resultados muito animadores) e hoje resolvi ver. O que acontece, é que para quem tem algum conhecimento do que o espiritismo diz, o filme é um pouco fantasioso demais. Porém, em um certo momento, a menina que foi assassinada diz o seguinte: “Desejo a todos, uma vida longa e feliz”.

É complicado isso né? Uma vida longa e feliz. O “longo” está longe de estar ao nosso alcance (a única coisa que podemos é ter cuidados para que, ao que tudo indica, tenhamos uma vida longa e com saúde). Mas e o feliz? Pode ser que as pessoas também pensem que o ser feliz é uma questão do meio em que se vive. Mas na verdade não é. O ser feliz está dentro de nós. Até hoje, sempre vivi uma vida feliz, com altos e baixos, claro, mas sempre feliz. Ou pelo menos demonstrando felicidade. E foi exatamente isso que eu percebi há alguns meses, eu não estava feliz, eu apenas parecia feliz. Tanto que, posso dar certeza, que nunca passei tantas dificuldades como estou passando agora, mas ao mesmo tempo nunca fui tão feliz interiormente. Estou de bem comigo mesmo. A alguns amigos mais próximos tenho confessado que tenho a nítida sensação de que fui preparado para passar por isso. Ou seja, somente agora, que estou estruturado, consigo agüentar as dificuldades enfrentadas, talvez antes tivesse enlouquecido. Anyway, não quero falar do meu caso, pois ainda acho que apesar de tudo, eu não tenho problema nenhum. Problemas significativos, if you know what I mean.
Retornando ao raciocínio da vida feliz, segundo o que eu acredito, se estamos aqui, é porque aceitamos esta vida, e se estamos passando por algumas provações, é porque temos que resgatar algo que fizemos, ou então para evoluirmos. Falando com uma amiga minha hoje (aliás, a mais nova delas, @rgandrade ), ouvi (ou li) uma coisa que nunca tinha pensado antes. Ela me disse que somente o fato de ela estar viva já é motivo de agradecimento, e que ela não se sentia no direito de pedir nada. Concordo com o agradecimento, porém creio que, caso sejamos merecedores, podemos pedir algumas coisas. Obviamente não falo em nada material, mas podemos pedir proteção, pedir a boa intuição, e até mesmo o perdão pelos erros, não é mesmo?

Ah, Cássio, esse maldito DDA sempre avacalha teus textos, tu tava indo tão bem, divagou completamente! Não, não divaguei, não percebe? A felicidade passa por aceitarmos as condições em que vivemos, as provas pelas quais passamos. Assim como o milagre da vida, é uma dádiva podermos evoluir. É no erro e no sofrimento que se aprende. Quer maior motivo de felicidade do que a chance que temos de evoluir? Já erramos muitas vezes, e ainda assim, temos chance de resgatar o que fizemos de errado. Temos ela em nossas mãos. Agora resta somente a nós aproveitarmos e agradecermos a oportunidade, ou reclamarmos da vida e das aparentes dificuldades que passamos. Por que eu tenho certeza que qualquer pessoa que ler esse texto, não tem um problema de verdade. Ou vai dizer que falta de dinheiro é problema? Não ter um namorado(a) é problema? Nem a morte não é um problema, é apenas parte da vida (por mais paradoxal que possa parecer).

Sabe o que eu considero problema? Vi numa reportagem na internet. Meninas com 15 anos no Haiti que tornaram-se prostitutas pois perderam tudo que tinham (inclusive a família) no terremoto.
Então, se ainda assim tu acha que tem problemas, peço que ignore o que eu escrevi, e de noite, quando for deitar na calçada para domir sem coberta nesse inverno rigoroso, peça a Deus para não ter que passar mais por isso (será que você passa?).

Whatever

Postado originalmente em julho/2010

Ah sim, o Cássio viu outro filme, e por isso está escrevendo de novo… Sim, vocês pensam que eu só escrevo quando vejo filmes? Vocês quem, cara-pálida? Só porque essa noite recebi o primeiro elogio espontâneo aos meus “textos” (credo, tive uma diarréia mental e escrevi textos com ‘s’ ao invés do ‘x’ - às vezes tenho alguns descontroles cérebro-esfincterianos assim - por mais escatológica que seja essa descrição). Perdão pelo desvio da linha de raciocínio (mas é assim que acontece comigo), continuando, recebi uma mensagem no facebook de uma amiga (obrigado mais uma vez, Svendla), elogiando e identificando-se com o que escrevi.
Serviu como um estímulo. Sempre tive vontade de difundir o que penso, mas também sempre ponderei “quem é que vai se interessar pela minha opinião, quem sou eu para escrever?”. As coisas funcionam mais ou menos assim mesmo, porém, nesse mundo de internet, que podemos atingir milhões de pessoas sem o mínimo esforço, o que vale é expressar-se ao máximo. E é isso que estou tentando fazer, 25 anos depois de reprimir a maior parte de tudo que já quis compartilhar com o mundo.
Bom, já escrevi um monte de abobrinha aqui, e ainda não disse nada. Mas foi bom que o “assunto” acabou se desenvolvendo assim, porque o filme que vi hoje, O escafandro e a borboleta, ao mesmo tempo que merece um post, não merece, saca? É que o filme passa uma mensagem muito bonita. Mas ao mesmo tempo muito piegas. Daquelas que a gente lê e pensa: sim, é óbvio, eu sei valorizar a vida (ou acho que sei). E nessa fase recente da minha vida, conforme postei ali embaixo inclusive, eu tenho dado bastante valor a ela. Mas não quero ficar falando sobre isso para não parecer muito corretinho e feliz, prefiro escrever sobre coisas mais palpáveis.
Whatever. Post ‘kind of useless’, fugiu um pouco da idéia inicial (que agora nem lembro qual era, só lembro que ia citar alguma coisa do espiritismo - mas já tinha pensado em não me aprofundar muito, pois este é um assunto sobre o qual depois que começo, não consigo parar de falar).
Não espero absolutamente nenhum elogio sobre isso que escrevi, mas ao menos quem - ainda - não sabia, agora sabe que sou espírita.

Milagre diário

Claro que eu vi um filme ontem né? Sim, por que outro motivo eu estaria escrevendo hoje? Claro também que vi outros filmes neste ínterim, porém nenhum inspirador, ao contrário deste último. “Veronika decide morrer” é o nome. A maioria já deve ter ouvido falar deste livro do Paulo Coelho (incrível, há menos de meia hora eu tinha pensado no nome dele, e agora tive que ficar uns 3 minutos até lembrar - e eu sei o nome, foi o legítimo branco, parte também do DDA), mas não sei se todos leram, ou conhecem a história. Então aí vai um spoiler: Veronika tenta se matar tomando vários remédios. Acorda internada em uma clínica psiquiátrica na qual deve passar o resto dos seus dias, uma vez que a tentativa de suicídio causa uma lesão no coração que a levará à morte em pouco tempo. Dentro ainda da clínica, ela tenta novamente o suicídio, mas é intercedida pela enfermeira. Então ela começa a ter algum contato com Edward, que não fala nenhuma palavra desde que “matou” sua namorada em um acidente de trânsito. Então ela pede ao diretor da clínica que a deixe sair, para aproveitar os últimos dias de vida (a esta altura parcialmente arrependida), e, diante da negativa do pedido, ela decide fugir com Edward (que “surpreendentemente” já trocou algumas palavras com ela). Então, os dois, soltos em um mundo normal, sem ter que tomar as medicações prescritas, passam um dia feliz e apaixonado pelas ruas. Conforme desejo dela, eles esperam o amanhecer à beira de um rio. Em certo momento Veronika cai no sono, e Edward até pensa que ela havia falecido, mas em seguida ela acorda - para a felicidade dos dois. Aí entra uma narração do diretor da clínica, falando que a paciente havia fugido, sem que ele pudesse lhe dar uma boa notícia: Sua lesão no coração tinha sido curada, e ela não corria mais risco de morte. O filme acaba com o próprio psiquiatra ponderando que, talvez não falar que ela estava curada, fosse melhor, pois dessa forma ela viveria cada dia de sua vida, a partir de agora, como um milagre.
E de fato, quem pode negar que cada dia de nossa vida é um milagre? Ultimamente estou com o comportamento um pouco mudado. E aos olhos da sociedade, pareço até não estar muito bem. Porém, posso confessar que, nunca estive em tanta paz comigo mesmo. A minha felicidade aparente era apenas uma máscara para uma realidade complicada.
Hoje, a realidade é ainda mais complicada do que antes. Porém eu sinto que esses últimos tempos serviram para que eu me preparasse para essas dificuldades. Se eu ainda estivesse utilizando uma máscara de felicidade, sem ter realmente mudado interiormente, teria desabado.
Podem pensar que o DDA aqui divagou, mas não. A questão é justamente essa, dar valor ao que realmente importa na nossa vida. Ela, principalmente.

"Cala boca Galvão!" ?

Postado originalmente em junho/2010

Eu sinto vergonha alheia, sinto ‘bullying’ alheio, sinto pena alheia. Sempre fui péssimo em enfrentamentos. E me sinto mal, se vejo alguém sendo enfrentado. Para ter noção do quanto me incomoda esse tipo de coisa, toda essa campanha do “cala boca Galvão”, me deixa desconfortável. Tudo bem, admito que ele fala muita bobagem, mas qual o narrador que não fala? Eu acho que ver o jogo pela TV acaba sendo muito mais fácil para identificar certos lances e/ou jogadores, cuja narração incorreta nos tira do sério. E a eloqüência, a dicção? Isso não deve ser valorizado? Além do fato de que nós que assistimos futebol, convivemos e conhecemos três, no máximo quatro times/ seleções. Já pensaram em quantos times os narradores têm que conhecer e narrar seus jogos?
Uma das frases mais postadas em orkuts, twitters, tumblrs, etc., é a clássica “falar é fácil, difícil é ser eu” (sic). E todos nós adoramos dizer isso quando falam do nosso comportamento, pensamento, atitude e etc. Porém, quando vamos criticar alguém, muito dificilmente paramos para pensar nas dificuldades que a pessoa tem, no trabalho realizado por ela, na história pela qual passou, entre outros aspectos. Preferimos martelar os aspectos negativos alheios.
E é isso que me incomoda. A crítica leviana, ainda mais quando o criticado não tem a menor chance de se defender. Há quem diga que ele não tá nem aí pra isso, tudo bem, certo ele. O que me entristece não é a ‘agressão’, e sim a dificuldade em reconhecermos as qualidades alheias e a facilidade que temos para desqualificar qualquer pessoa que esteja exposta, principalmente na mídia.
Reclamamos de tudo, mas não temos a dignidade de olhar para o nosso próprio umbigo antes de lançarmos palavras ásperas ao vento.

Férias para o cérebro

Postado originalmente em junho/2010

Bom, aqui estou eu, após ver mais um filme (Lembranças). Mas dessa vez, o filme não me inspirou - ao menos por enquanto - na escrita do blog. Me inspirei em uma música do Chico Buarque, que agora nem lembro exatamente qual (e nem vou me dar ao trabalho de procurar), mas que fala que “o copo vazio, está cheio de ar”. Vocês já pensaram nisso? O ser humano tem a mania de julgar os outros pela aparência (tá tudo bem, isso é muito clichê), julgar as situações pela aparência (esse já não é tão clichê), julgar atitudes pela ‘aparência’… E não adianta dizer que atitude é atitude e ponto final. Precisamos saber quais os motivos, que circunstâncias levaram tal ato, que teve certa conseqüência. Já tive brigas gigantescas (eu não briguei né, as pessoas brigaram comigo) por causa desse tipo de situação. Pessoas que queriam que eu ficasse do lado delas em alguma situação, e como eu não tinha ciência completa do que estava ocorrendo (e normalmente ouvia um dos lados só), não tinha como tomar partido. É, sou justo - ou ao menos tento ser o máximo que consigo - com todo mundo.

Se estivesse eu em alguma situação que fosse acusado de algo, gostaria que me ouvissem, gostaria de ter uma chance de explicar o que aconteceu, ou o que me levou a fazer alguma coisa.

Whatever, não era isso que eu tinha pensado para esse post (na primeira vez que imaginei ele, imaginei com mais profundidade).

OBS: Eu ia escrever isso no início da tarde (quando surgiu a idéia), 5 minutos depois esqueci completamente o tópico… só fui lembrar no final da tarde… Eu sempre lembro das coisas dirigindo… é quando eu penso…
Por isso vou sumir um pouco do mundo, preciso de férias para o meu cérebro…

Não mudamos, sempre fomos iguais

Postado originalmente em junho/2010

Por indicação do meu amigo @joaogrando (posto aqui no tubmlr com qual identidade dele? blog? email? twitter? tumblr? cacete de interatividade digital - foi o twitter aí), acabei de ver dois filmes. Sendo um a seqüência do outro. Antes do Amanhecer lançado em 1995, e a sua continuação Antes do Pôr-do-Sol, gravada nove anos depois. Filmes fantásticos, praticamente só diálogos, mas diálogos com sentido, opiniões, pensamentos (principalmente no primeiro). A legítima situação que me agradaria muito viver, o diálogo que eu gosto de ter. Não se fala de fatos, não se fala de pessoas, se fala do que se pensa.
No segundo filme me identifiquei com diversas linhas de raciocínio. Uma delas (acho que a principal), é que todos temos em nosso ser, uma essência. Somos o que somos, e somos isso desde criança. E não mudaremos nunca. Cito o exemplo pra entenderem: Eu, Cássio, nunca na vida me envolvi em alguma briga física (nunca corri de uma também, sempre evitei). Hoje, aos 25 anos, tenho orgulho disso, pois tenho a plena consciência que qualquer tipo de agressão física não tem fundamento nenhum. Porém, quando eu tinha 14, 16, 18 anos (não somente as idades pares, vocês entenderam), pensava que era um cagão, medroso, etc. Posso ser considerado errado até hoje por alguns, mas isso não me incomoda pq tenho certeza que é o pensamento correto.
Eu sempre fui pacífico, desde pequeno. E isso não vai mudar. Nossas atitudes partem da nossa essência.

Welcome

Postado originalmente em junho/2010

é a primeira vez que posto algum texto aqui… e postei, porque sempre que eu vejo um filme minha cabeça viaja por várias horas, durante e depois do filme… Queria ver agora de noite (depois de ter visto a parte que faltava de “Milk”, em que o Sean Penn interpreta o primeiro vereador gay eleito nos estados unidos - muito bem por sinal) um filme meio comédia meio romance… pensei direto em Lembranças, com o cara do crepúsculo que agora não lembro o nome (tá eu sei que esse é drama, e é por isso que falei que pensei direto nele, pois uma vez não podendo vê-lo, passei para a segunda alternativa que aqui registrei primeiramente, saca? meio complicado né? muitos e comprimos parênteses. Mas é assim que funciona conversar comigo, talvez por isso esteja escrevendo isso aqui tão rápido, pois não estou pensando muito em pontuações, concordâncias, e etc. estou só escrevendo seguindo os pensamentos que me surgem) bom, retomando, tudo isso é meio pra dizer que vi Simplesmente Complicado. É bem bacana. E, conforme o meu link postado logo abaixo, gostei de uma receita durante o filme e fui procurá-la. Concluí então que vou começar a fazer o meu caderno de receitas. Que neste caso tá mais pra um arquivo do word ou one note. Aí é uma maneira de cozinhar tudo que eu tenho vontade, pois vou ter onde procurar quando for fazer algum prato. Falando em prato vou postar aqui acima a receita de cookies que vou fazer para a festa junina do couchsurfing. Tá chega de pensamentos confusos, acabou de baixar agora o lembranças mas não vou ver, vou ir dormir pq amanhã começa tudo de novo…e começa a semana da copa ainda.

Assuntos para próximos tópicos
- pessoas em filmes tem tempo para fazer tudo que querem
- por que se preocupar tanto com o que não tem importância alguma?
- E agora, como vai ser a minha vida daqui pra frente?
- Internet 10mb e a volta para o status de “movie viewer”
- funciono melhor à noite
- tudo eu queria, mas nada eu faço
entre outros…

PS: assim como acontece nas minhas conversas ao vivo, acabei divagando e falando um monte de coisas ‘entre parênteses’ e não concluí o raciocínio, que - agora - nem lembro mais qual era…

Bem vindo ao mundo do Transtorno Déficit de Atenção

Começando

Bom, decidi migrar do Tumblr para o Blogspot. Motivo? Maior interação. Problema? Vou ter que importar manualmente os posts. E farei isso a partir de agora.

=)